quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Saudade

Ah!! Saudade... Da infância perdida,de sonhos nublados,de historias inexatas.
Saudade dos amores inocentes, do amor incondicional, do inefável.
Saudade é qualquer coisa que dói, que nos vulnera, que nos desatina...
Saudade...Lembranças que nos toma conta, que fragiliza e também nos acalenta.Porque viver a saudade é simplesmente  carregar  ou nos recarregar de algum momento, de uma história,de algo, de gente que nos fizeram reais por um instante.
Saudade do que não mais está, mas que inexoravelmente permanece.
Ah!! Saudade...Que nos inconstância.Que nos faz perder o rumo,mas nos faz sentir gente.
Saudade do silêncio da vida, onde nos fazia pensar e imaginar inocentemente.
Saudades de gente, de um sabor, de um sorriso, de amores, ou um amor,do impreciso.
Ah!Saudades...

domingo, 7 de outubro de 2012

Mundo Nenhum

 

 

Surgir das labaredas
de um oceano...
Deitar nas rochas
de um arco -íris...
Dormir nas areias áridas
de um deserto verdejante...
Andar sob as pedras
de um mar azul...
Ver o sol caindo como chuva.
Ver a chuva como uma tempestade
de areia no deserto...
Quero um mundo contrário
Quero ser só eu...
Mas por um momento também ser nós...
para viver intensamente
a beleza desse mundo comum...
Então voltar e poder dizer...
Sou de mundo nenhum.

(Acelone Custódio – Junho/2010)


Poema Paulo Leminski

"não sou o silêncio
que quer dizer palavras
ou bater palmas
pras performances do acaso
sou um rio de palavras
peço um minuto de silêncios
pausas valsas calmas penadas
e um pouco de esquecimento
apenas um e eu posso deixar o espaço
e estrelar este teatro
que se chama tempo"
                                                                            (Poema do livro "Caprichos&Relatos de Paulo Leminski)

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Amplidão


Na amplidão do infinito...
A busca incessante.
Na mente...
O sonho constante.
Nada é definitivo
A vida renova-se a todo instante.
Perde-se as asas
Mas o vento nos leva
Perde-se a esperança hoje
Mas o amanha nos carrega
Perde-se o sorriso,
Mas sonhar é preciso.
No vai e vem do tempo
A pausa...
Acordar em um vão momento
Viajar nas ondas do sol
E sentir a vida pulsando
Como o mar e seu encanto.

Música:Se eu quiser falar com Deus

"Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar"

Nota:Música de Gilberto Gil



Transmutar


Liberdade urgente!
Para que o sonho não se apague
Buscar...
Emergir para o novo
Despontar para a vida.
A  noite  escoa
Num tempo sem dissonância
Num viver a revelia
Em acordes descompassados.
Jaz o ontem
Viver o agora
A eterna magia do que é ser ou sentir...
Sugar o ar do alvorecer
Respirar a paz
E voar para o além...
Vislumbrar o infinito...
Transmutar.

A Canção Que Fiz Pra Ti